Para o CEO do grupo Soulan, dificilmente mudanças acontecem nas empresas sem ações estratégicas do RH; no Brasil, é crucial que o RH desenvolva as habilidades das pessoas.
Marcelo Rocha de Souza é um CEO diferente. Primeiro, dirige duas empresas – o Grupo Soulan RH, desde 2008, e a Thomas International Brasil, da qual é country manager desde 2017. Segundo, porque as duas empresas que dirige são provedoras de serviços e conhecimentos em recursos humano. Há mais de 13 anos, ele acorda e vai dormir pensando nos papéis do RH no mundo corporativo. Será que o espeto é de pau nessa casa de ferreiro? Taís Souza, diretora de operações do Grupo Soulan que responde pelo RH, garante que não. Ao contrário, qualquer conversa dos dois pode virar um brainstoming sobre gestão de pessoas, repleto de insights. Na conversa que se segue, não foi diferente. Souza ora alerta sobre a possibilidade de apagão de mão de obra já a partir de 2022 no Brasil, ora lembra que dados coletados pela área têm sido desperdiçados e que é preciso atrelá-los a indicadores-chave de sucesso (KPIs).
Como ficou, durante a pandemia, a saúde mental de alguém que dedica 100% da energia profissional ao RH? A de Souza ficou bem, obrigada; ele contou com uma “tábua de salvação” que atende por Camila e estava com 5 meses de vida quando a pandemia foi decretada. Antes, sua salvação era a corrida.
Taís Souza: Você é engenheiro, mas desde 2008 convive muito com o RH das empresas. Como vê o papel do RH na estratégia das empresas clientes?